domingo, 18 de julho de 2010

As memórias de um guerreiro

A década de 60 foi marcada por um caos político, os militares deram o Golpe e assumiram o poder e a ditadura se instalou no Brasil. No meio desse caos político, Edson Miranda, um típico pai de família, trabalhava no Ministério da Educação, um lugar considerado como foco de subversão. Edson viu de perto perseguições, colegas desaparecerem e cenas de constrangimentos. O estresse atingiu o seu corpo e aos 33 anos, apesar de novo, sofre de uma trombose cruzada que deixa metade de seu corpo imóvel. Edson dá início a uma grande luta para voltar a andar. Nessa batalha contou com a ajuda de um grande amor, sua esposa Conceição, que lhe deu a mão durante toda a sua luta e até as pernas quando o marido não pode andar. Filho do grande bandolinista Luperce Miranda, Edson herdou uma profunda sensibilidade e decidiu compartilhar sua experiência escrevendo um livro para contar como venceu seus limites e foi capaz de fazer milagres. Uma narrativa comovente e dramática de um homem que foi guerreiro de verdade.

A vida é dura para quem é mole

Edison Miranda nasceu em 1933, em um subúrbio do Rio de Janeiro. Filho do bandolinista Luperce Miranda e da dona de casa Floripe Araújo, era extremamente comunicativo. Quando menino vivia cercado pelo alegre ambiente musical. Estimulado por seu pai começou a tocar violão, instrumento este que o acompanhou durante toda a sua vida. Ainda jovem se apaixonou por Conceição, com quem se casou e chegou a comemorar as bodas de prata. Teve dez filhos e se dividia nos trabalhos de músico, motorista e comerciante para sustentar a casa. Aos 33 anos sofre uma trombose cruzada e tem a metade do corpo imobilizada. Edison lutou para voltar a andar e continuar a criar seus filhos. Com muita dedicação conseguiu vencer os desafios que a vida lhe ofereceu. Afinal, como ele mesmo dizia, “a vida é dura para quem é mole.”

A capa do livro Eu venci a cadeira de rodas: as memórias de um guerreiro